Cássio e Ricardo trocam farpas pela imprensa

O governador Ricardo Coutinho (PSB) e o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) começaram a trocar farpas abertamente por meio da imprensa. Durante solenidade no Palácio da Redenção, ontem, Ricardo fez comparações diretas entre a sua gestão e a de Cássio quando governador do Estado.

Em resposta às declarações feitas pelo senador tucano, na manhã de ontem, durante o Encontro Nacional dos Conselhos Regionais de Medicina, no Hotel Tambaú, de que Ricardo teria virado as costas para a população e não manteve o diálogo com os paraibanos, o governador socialista comparou seus 3 anos de governo aos 6 em que o senador administrou o Estado.

“Se dar as costas ao povo é construir mais de 2.200 quilômetros de estradas em 3 anos, quando ele em 6 anos não construiu nem a quinta parte disso. Se dar as costas ao povo é ter a capacidade de construir 665 novas salas de aula nos municípios, quando ele não fez absolutamente nenhuma. Se dar as costas é fazer na cidade de Campina Grande mais de 70% de investimentos do que foi feito em 6 anos de governo, eu não sei mais o significado das palavras. A minha palavra significa ação, não é a palavra pela palavra”, respondeu Ricardo Coutinho.

O senador Cássio Cunha Lima, ainda na manhã de ontem, voltou a dizer que não é a máquina pública que decide a eleição. “Muitos acham que a máquina pública oprimindo, cooptando, usando o dinheiro público para inibir pessoas, para intimidá-las, ganha a eleição. Quem tentou fazer isso no passado não teve um bom resultado. Não é a máquina pública, não são os políticos, não são os partidos quem decide a eleição. Quem decide a eleição é o voto secreto, livre e soberano do povo do nosso Estado”. Já à tarde, procurado pela reportagem, ele não quis fazer nenhum comentário sobre as críticas feitas ao seu governo pelo socialista.

Sobre a votação das contas de 2011 do governador Ricardo Coutinho na Assembleia Legislativa, Cássio defendeu um amplo debate com a sociedade, a fim de esclarecer as divergências entre o relatório da auditoria do Tribunal de Contas e os votos dos conselheiros. “A Assembleia é um poder que representa a sociedade. Se há uma controvérsia entre a posição da auditoria e a manifestação dos conselheiros eu acho que o melhor caminho é a Assembleia debater com a sociedade. Na República não deve ter segredos. Quem é republicano de fato não pode ter segredo. Tem que colocar luz nesse relatório”.

Sobre este assunto, o governador Ricardo Coutinho disse que não teme uma suposta manobra dos deputados de oposição para reprovar as contas de 2011. “Faço um governo que não tem escândalos. Tenho na minha história um profundo respeito pelo dinheiro público”. Segundo ele, é preciso ter muito argumento para reprovar as contas de um governador. “Conta essa aprovada pelo TCE, que nunca rejeitou conta nenhuma de governador e vão rejeitar justamente as minhas? Me parece que nesse debate tem um grave conteúdo de mesquinharia, mas que eu não tenho qualquer temor”, afirmou Ricardo.

Com Jornal da Paraíba

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