Mercado Público pode ser interditado em Serra Talhada,



Mercado Público de Serra Talhada, no Sertão pernambucano, pode ser interditado. No local é possível comprar carne, peixe, refeições e outros produtos, mas o ambiente está apresentando algumas irregularidades. Na entrada do prédio é possível encontrar alguns problemas como paredes, piso e teto cheios de rachaduras. Nas instalações elétricas parte da fiação não está revestida, existem ainda fios soltos pelos boxes e tomadas sobrecarregadas.

A falta de higiene no armazenamento e na exposição dos alimentos também é um dos problemas do local. Todas essas características podem comprometer a segurança e a saúde de vendedores e consumidores. De acordo com a agricultora Maria Patrícia de Souza, a carne que é comprada pelos clientes não tem a menor higiene.


Com base em relatórios elaborados pelo Procon, Vigilância Sanitária, Adagro, Corpo de Bombeiros e Conselho Regional de Engenharia, o Ministério Público orientou que o governo municipal fechasse as portas do Mercado Público até esta sexta-feira (20). Segundo o promotor de justiça, Fabiano Beltrão, a medida foi tomada porque no local há esgotos estourados, vários insetos que ficam onde são vendidas as refeições e porque alguns vendedores comercializam a carne e o peixe no chão do mercado junto aos depósitos de lixo.

Para o vendedor de carne, José Cícero do Nascimento a decisão do Ministério Público é importante, mas segundo ele, o tempo que foi determinado seria pouco para que ele e os outros vendedores se organizem em outro local. "Se fechar aqui todos os vendedores vão ficar parados e nós temos família para alimentar e não temos outros recursos, nem outras profissões", afirma.

De acordo com o chefe de gabinete da Prefeitura de Serra Talhada, Rafael Oliveira, o município está tentando entrar em acordo com o MP para que o mercado não seja interditado. "Nós fizemos uma reunião junto com a Câmara de Vereadores com cerca de 200 feirantes e estamos fazendo um documento nos comprometendo com o Ministério Público de fazer os reparos mais necessários e, logo após, dar continuidade a esse trabalho para que o mercado não seja fechado".

O promotor Fabiano Beltrão informou que com a não interdição do Mercado Público a promotoria vai entrar com uma ação judicial contra a prefeitura pedindo uma decisão em caráter de urgência.



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