De acordo o delegado regional,
Glêberson Fernandes, que comandou a operação, o jovem fez vítimas em São Paulo
e, principalmente, em Minas Gerais, onde mais de 50 pessoas foram lesadas.
Segundo as investigações, o homem clonava perfis de vendedores sérios das
empresas que atuam na internet (Mercado Livre e Todaoferta) e também utilizava
perfis próprios, oferecendo produtos com preços a baixo do mercado, mas tudo
não passava de um golpe: os interessados depositavam o dinheiro na conta do
golpista, mas não recebiam as compras porque os equipamentos postos à venda não
existiam.
O dinheiro era depositado pelos
clientes em uma conta do jovem na agência da Caixa Econômica de Itaporanga..
Depois de receber várias denúncias contra Edson Vagner, o Procon de Bolo
Horizonte acionou a delegacia regional, que começou a investigar o caso,
culminando com um mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça
itaporanguense contra o acusado.
A polícia chegou à residência, onde o
jovem reside com os pais, no começo da manhã e iniciou o trabalho de busca e
apreensão, mas o acusado, segundo informações de familiares, encontra-se
passeando em São Paulo, para onde foi de avião. De acordo com o delegado, ele
tinha um padrão de vida incompatível com sua renda como montador de equipamento
de TV por assinatura, o que já havia, inclusive, levantado suspeita em seus
próprios familiares. No quarto dele, aparelho de televisão e computador
sofisticados e caros, de acordo com os policiais, além da assinatura de
revistas nacionais.
Entre os equipamentos apreendidos,
estão vários receptores piratas de TV por assinatura. Seu computador pessoal
será encaminhado à perícia, que poderá encontra novas evidências e provas da
ação do rapaz. A polícia também quer saber a quantidade de pessoas vítimas do
golpista e todas as circunstâncias de suas ações criminosas. De acordo ainda
com o delegado regional, a conta bancária do jovem já foi bloqueada, mas as
fraudes não envolviam apenas dinheiro.
A polícia também descobriu que ele
realizava trocas fraudulentas de equipamentos pela internet. Por exemplo,
oferecia celulares caros que não possuía em troca de outros produtos. Atraídas,
pessoas mandavam os equipamentos pelos Correios ao acusado, mas não recebiam o
aparelho ou recebiam algum produto quebrado.
Conforme Glêberson Fernandes, a
operação foi batizada de Lammer porque o nome faz referência a um tipo de
pessoa que pensa que é um hacker, mas, na verdade, sabe pouco de internet ou
coisas não muito profundas e termina se dando mal. “Ele deixou muitos rastros
em seu caminho de golpes”, comentou dr. Glêberson, que vai aprofundar as
investigações e poderá pedir a prisão do acusado.
Fonte: Ascom Policia Civil Itaporanga-PB
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